Por: Dra. Lia Monte e Dra. Roberta Borges de Castro??
Ao nascimento, postula-se que a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal ocorre devido à imaturidade do sistema neuronal inibitório. Além disso, a separação do recém-nascido da fonte materno-placentária de estrogênios e progesterona provoca perda do feedback negativo e a liberação de gonadotrofinas, como hormônio luteinizante (LH) e hormônio foliculoestimulante (FSH). Em meninas, os níveis predominantes de FSH determinam foliculogênese, com maturação e atresia. Nos meninos, há predomínio da liberação de LH, que determina a produção de testosterona pelo testículo. A partir do primeiro ano de vida, a produção de mínimos níveis de estrógenos e testosterona em lactentes exerce um feedback negativo no gonadostato hipofisário, acentuando-se aos 2 anos e mantendo-se com mínimos níveis de gonadotrofinas até o início da puberdade. Evidências sugerem que essa inibição pré-puberal do eixo gonadal também é exercida pela ação predominante de supressores centrais do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) endógeno.
A puberdade compreende um período de transição entre a infância e a vida adulta caracterizado pela ativação do sistema hormonal que controla a função gonadal, ao mesmo tempo em que acelera o crescimento somático e capacita o indivíduo à reprodução. A definição do início puberal é puramente clínica, sendo evidenciada precocemente, em ambos os sexos, pelo aumento da velocidade de crescimento, bem como pelo aumento do volume testicular (maior que 4 mL), nos meninos, e pelo início da telarca, nas meninas.
O aparecimento de características púberes antes dos 8 anos, no sexo feminino, e antes dos 9 anos, no masculino, é definido como puberdade precoce. Já a ausência de qualquer característica púbere aos 13 anos, nas meninas, e aos 14 anos, nos meninos, indica quadro de retardo puberal.
A puberdade precoce pode ser classificada como dependente de gonadotrofinas, ou puberdade precoce central, e independente de gonadotrofinas, ou puberdade precoce periférica. O diagnóstico diferencial da disfunção, como dependente e independente de gonadotrofinas, tem implicação direta na opção terapêutica, devendo constituir o primeiro passo na investigação da condição. Para tanto, as dosagens basais de alguns hormônios e de LH e FSH após estímulo com GnRH exógeno são relevantes.
O teste de estímulo das gonadotrofinas com GnRH exógeno, também chamado de teste do GnRH ou LHRH, é realizado com a administração de 100 ?g de GnRH, ou Relefact® – que, no caso, deve ser adquirido pelos clientes, conforme decreto da Anvisa –, por via endovenosa, com coletas basais de LH e FSH e aos 15, 30 e 60 minutos. Vale ressaltar que o ensaio utilizado é o imunofluorimétrico, desenvolvido com base em anticorpos monoclonais, tanto para o LH como para o FSH. Considera-se como puberdade precoce central, para o sexo masculino, o pico de LH >9,6 UI/L e, para o sexo feminino, o pico de LH >6,9 UI/L. Em crianças pré-púberes, observa-se um aumento maior do FSH em relação ao LH. Já na puberdade precoce periférica, não há incremento dos valores de gonadotrofinas após a infusão do GnRH exógeno.
Fonte: http://www.fleury.com.br/
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